:: Página Inicial >>

 

 

:: ACED - Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento ::

 

 

:: ::

       
         
 

 

 

 


 

:: Sair desta página ::
:: Imprimir esta página ::
:: Adicionar aos favoritos ::

 


 

 

 

 

A secretária de Estado dos EUA ameaçou a soberania portuguesa ao afirmar em princípios de Julho de 2012 que se fará justiça aos desejos de vingança da família de uma vítima de homicídio de há 40 anos atrás. Um representante dos EUA, implicitamente autorizado pelas declaração de Hillary Clinton, declarou a um jornal português que o estado federal norte-americano que diz representar usará, como já usou anteriormente, meios extra-judiciais e ilegais para atingir os seus fins. Ler Aqui e Aqui.


 

José Luís Jorge dos Santos foi envolvido num enredo norte-americano que embora pareça um filme é de facto uma mal feitoria a ser repudiada.

 

Alegadamente uma chamada telefónica para a família nos EUA e umas impressões digitais teriam permitido a "inteligência" norte-americana apanhar o fugitivo "mais procurado" nos EUA, coisa que só se passou a saber no próprio momento em que as autoridades portuguesas anunciaram a sua detenção.

 

Trata-se de um condenado por cumplicidade num homicídio a uma pena de 15 a 30 anos de prisão, que os EUA querem ver cumpridos. O que não dizem é que o querem apanhar - por isso ele é "tão perigoso" - por ter participado em actividades políticas nos EUA, de que pode ser um exemplo do ambiente que se vivia estas informações.

 

Entretanto o embaixador norte-americano na Guiné-Bissau tinha sido seu amigo de convívios africanos. Nunca lhe tinham passado a informação de que se tratava de um asilado político naquele país nem uma pessoa extremamente procurada por qualquer razão inexplicada.

 

Este cidadão português, de origem norte-americana, que não vai ao seu país natal faz dezenas de anos, de onde fugiu parta escapar a perseguição política, foi caçado em Sintra, em sua casa. O governo norte-americano precisa dele para ocupar um lugar livre numa das suas muitas e tenebrosas cadeias.

 

Resta saber se foi o rigor da justiça ou a febre da vingança, o resultado do trabalho sério ou a leviandade dos justiceiros à moda do velho Oeste, o que trouxe os cow-boys a Lisboa. A guerra surda contra o partido Black Panther pode já não ter razão de ser política, mas continua activa para satisfação da "inteligência".

 

Ler uma tradução de notícias sobre o caso do desvio de avião em 1972.

Notícias actuais do NewYorkTimes sobre o caso: 1 2 3 4

 

Ler também uma mal feitoria da revista Sábado

 

José Luís Jorge dos Santos não será extraditado.

 

Mas as tentativas de pressão dos EUA não param.

 

 

 

 

Prisioneiros políticos nos EUA

George Wright, a Murderer? A closer look at the Plea-Bargaining aspect of the US Judicial System by George Pumphrey,

Pressões políticas para vingar

Uma pesquisa no Google informa sobre o assunto.

Em português, “presos políticos Portugal” ofereceram pouco mais de milhão e meio de sites com informação relevante. Para o Brasil apareceram quase sete milhões. Para a pesquisa em inglês, no dia 2011-09-30, ficaram disponíveis quase 3 milhões relativos a “political prisoners England”, quase 4,5 milhões substituindo o país por Canadá. No caso de USA o número sobe a mais de 36 milhões. Sendo que ao clicar nos primeiros sites eles foram produzidos na própria semana da pesquisa.

A actualidade e a intensidade da questão dos presos políticos podem ter aqui um indicador, compaginável com a dimensão do número de presos e com as práticas de tortura assumidamente legalizadas pelo governo federal.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Incarceration_in_the_United_States

Há inclusivamente um calendário sujo tema é a apresentação de múltiplos casos de presos políticos explicados caso a caso, como forma de angariação de fundos para manter as campanhas contra as prisões como forma de perseguição política. http://www.certaindays.org/

 

 

 

 

  A vida nas cadeias norte-americanas leva a frequentes protestos e lutas, em que cada um joga a vida.  
     

 

A política penal norte-americana é caracterizada pelo espírito persecutório. Se é verdade que as penas de prisão têm sempre, nalguma medida, essa dimensão, a verdade é que os trabalhos académicos têm identificado no terreno uma cultura penal em ruptura com a finalidade ressocializadora das penas, expressa no mote "nothing works". Os académicos, como David Garland, explicam como os profissionais de segurança, de saúde ou trabalhadores sociais que tratam das pessoas com problemas com a justiça entendem isso como uma missão para anular a capacidade de acção das mesmas. Não se trata de dar uma segunda oportunidade, mas de impedir a possibilidade de existir outra qualquer oportunidade. A cultura da incapacitação organiza o sentido da pena de morte, da prisão perpétua mas também pela maximização do isolamento (as célebres prisões MAXMAX) e da coerção (até à legalização da tortura).

As perseguições por todo o planeta daqueles de quem se deseje vingança - sejam as instituições ou pessoas importantes dentro delas, seja a opinião pública - podem ser entendidas como uma consequência lógica das políticas penais incapacitantes. A esse respeito veja-se uma nota filmada de poucos minutos sobre a situação dos companheiros de Jorge Santos, Melvin e Jean. Há também uma notícia de jornal sobre o assunto.

Nos EUA negros e latinos juntos representam 90% dos presos mas são 26% da população nacional.

 

 

 

 

Tortura nas cadeias da Califórnia

 

 

 

O Supremo Tribunal dos EUA declarou fora da lei todo o sistema prisional da Califórnia e os presos estão a lutar pela dignidade, organizando formas de luta sucessivas brutalmente criminalizadas e reprimidas, confirmando portanto o sentido da razoabilidade da decisão do Supremo Tribunal.

Como em Guantanamo, acabar com aquilo é que é mais difícil. Nem o Presidente nem o Supremo Tribunal estão em condições de o fazer. Quem sabe os presos não o podem fazer, dando a vida para esse objectivo.

6000 estão hoje (29-Set-2011) em greve de fome e sede. Em Julho anterior já tinha havido manifestações do mesmo género.

As prática desumanas norte-americanas nas prisões são utilizadas para mostrar ao mundo um carácter malévolo. Infelizmente com razões fundamentadas, nomeadamente na vertigem das chamadas MAXMAX, em que como o nome indica a loucura está inscrita na própria concepção de levar a sério e para a vida uma tal perversidade imaginativa. Há quem pode contra como se vive ali.

As lutas dos presos, como em todo o lado, são contadas conforme o interesse em manter a perversidade prevalente ou conforme o desejo de revelar o que se esconde por detrás da versão oficial, conforme as vítimas foram vivendo a situação.

As denúncias são muitas. E persistentes. Os 800% de aumento do número de presos nos últimos 20 anos falam por si.

 

 

 

 

Denúncia de tortura por delito político nos EUA

Nos últimos anos, a discussão sobre a legalidade de certas práticas de tortura tem ocupado demasiada gente, especialmente nos EUA. Os estragos que tal debate tem trazido à imagem do Ocidente no mundo - e à imagem que temos de nós próprios - são certamente mais profundos do que os da crise financeira, a que de resto podem bem estar ligados.

Nos EUA, perante a impotência do Presidente Obama de cumprir a sua principal promessa eleitoral de fechar Guantanamo, emergem denúncias da permanência de práticas de tortura. No caso vertente, sobre o soldado que perante os crimes de guerra que testemunhou decidiu denunciá-los (como é seu dever moral) apesar da oposição e agora vingança dos poderes instituídos.

http://www.alternet.org/news/149410

Alternet publica também uma investigação sobre as razões da tortura infligida ao soldado Manning: http://www.alternet.org/news/149458?page=3

 

 

 

Práticas judiciais inusuais e cruéis na Florida, em Nova Iorque, em Denver

 

Um advogado descreve a situação dos constrangimentos ao um cubano que o impedem de abandonar o país ou de receber a visita da família com o pretexto de, após o cumprimento de pena, ainda se justificar o castigo - com risco de vida para a vítima, dadas circunstâncias. Noutro documento uma associação faz um relato de Outono de 2011 sobre o balanço das torturas na região de New York.

Sobre o tratamento de um recluso em Denver ler comentários.

 

 

 

 

 

Continuação da história do genocídio dos autóctones norte-americanos

 

Leonard Peltier é um índio sioux preso político do Estado norte americano cuja história correu mundo mas não envergonhou as autoridades. Mantêm-no preso e torturado, como a outros, para lembrar quem manda ali. Apesar da idade de 66 anos as autoridades não recuam nos castigos e humilhações a mais degradantes.

 

 

 

Torturar condenados à morte

 

Prisioneiros no corredor da morte manifestam-se contra a tortura em Agosto 2011.

 

 

 

Processo de recriminalização dos militantes dos anos 70

 

A partir de 2001 o Estado norte-americano entendeu ser boa ideia voltar a perseguir os militantes negros dos anos 70. Aparentemente, os métodos de trabalho repressivo usados contra o partido dos Black Panther foram inspiração para a guerra contra o terrorismo.

Ler "Como os EUA destruíram o Partido dos Panteras Negras e continua a perseguir os seus antigos membros" por John Bowman.

 

Pessoas próximas de Jorge dos Santos foram julgadas em França, no final dos anos 70. Desse julgamento há notícias de jornal que aqui reproduzimos: 1 2 3 4 5 6 7 8 9. Dão a noção dos riscos de estar nas prisões norte-americanas, riscos reconhecidos pelos tribunais franceses nesse tempo.

 

Ronald Bridgeforth é um caso que tem pontos de contacto e pontos de divergência relativamente ao caso de Jorge dos Santos.

 

 

 

 

Notícias do Sistema Industrial Penal Norte Americano (Golden Gulag)

Dois jornalistas italianos contam-nos o que aprenderam com os movimentos sociais norte americanos contra o sistema prisional.

Ler AQUI (artigo em francês)

Para outras informações sobre as prisões norte americanas AQUI

 

 

 

Relatório de avaliação de 20 anos de actividade da empresa CCA - prisões privadas nos EUA, UK e Austrália 

Press release de apresentação de relatório avaliação da empresa americana CCA de gestão de prisões. Endereço electrónico do relatório e contacto com avaliadores está disponível. O relatório é um projecto conjunto de Grassroots Leadership e Corporate Research Project of Good Jobs First.

 

 

 

As prisões americanas de Bagdad são semelhantes às dos Estados norte americanos

A indignação do povo americano contra as atrocidades conhecidas perpetradas nas prisões iraquianas deve-se ao facto de a democracia do século XXI ser tolerante e mesmo cúmplice de práticas degradantes de maus tratos, que tiram a dignidade humana não só a quem as sofre, como a quem as pratica e a quem as organiza, ao mais alto nível.

Muitos lideres de opinião sentem ser esta uma oportunidade para mudar o rumo securitário das políticas externas e internas no Ocidente. Leiam-nos e divulguem-nos:

FBI testemunha torturas em Guantanamo

Escravatura sexual nas prisões norte-americanas

Recenseamento no EEUU e direitos humanos

Democracia na América e tratamento de condenados

Governo britânico cúmplice de tortura norte-americana

Médicos cúmplices de tortura Iraque e Afganistão

O verdadeiro Big Brother

Alegações de Galbraith

Sistema global de encarceramento à ordem da Administração EUA

Racismo e prisões americanas

Quem manda nas prisões?

Rotinas prisionais nos EUA 1

Rotinas prisionais nos EUA 2

Os feios recordes das prisões norte americanas

Atentados aos Direitos Humanos nas cadeias norte americanas

Discurso sobre moral norte americana

Sistema global de encarceramento à ordem da Administração EUA

 

 

 

Escravatura e prisão nos EUA

Angola é uma prisão plantação - a escravatura reinventada

 

 

   

   

 

 

 

 

:: Webdesign - JLN, 2004 ::